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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O QUE VOCE PRECISA SABER SOBRE ERNESTO SIMÕES FILHO

Simões Filho - há 120 anos o bom carrasco da Bahia


Por Wellington da Fonseca Ribeiro *

Segunda-feira, 09/10/2006 - 22:44





Ernesto Simões da Silva Freitas Filho nasceu em Cachoeira em 04 de outubro de 1886. O destemido jornalista, advogado e político baiano faleceu em 24 de novembro de 1957.



Aos 14 anos incompletos, estudando em Salvador, editou um jornalzinho denominado “O Carrasco", com a finalidade principal de deletar o autoritarismo, a ditadura, o totalitarismo, a covardia dos invejosos que são incapazes de empurrar a roda da história em direção a uma sociedade justa, eqüitativa, onde impere imperturbavelmente o direito de todos e todas à vida.



Sim, a uma vida digna para todos os animais humanos - em direção a nossa almejada felicidade terrena. Mundial. Planetária. Universal. Cósmica.



Dia 04 de outubro é o nascimento do franciscanamente bom São Francisco, dia da água, o dia dela, daniágua, a prata diáfana que é o ouro da vida, marca o nascimento do bravo jornalista, deputado, ministro, enfim, prócer político, doutor Ernesto Simões Filho, homem extremamente dinâmico, criativo, empreendedor, tecnologicamente revolucionário para o seu tempo, inteligente e, mais que tudo isso, amado amante da Bahia e dos melhores valores brasileiros, sul-americanos, latino-americanos.



Durante um ano estagiei nesse jornal em 1975, na Praça Castro Alves, que é do povo “como o céu é do avião”, como bem imortalizou o que já era imortal, o poeta e compositor tropicalista Caetano da Purificação Veloso.



Baiano gosta de feijoada, futebol, cerveja, cachaça, ervas nutritivas, mulher gostosa, sombra e água fresca. Para ler, quem predomina é “O Carrasco”, jornal do menino Simões Filho, que se transformou num complexo poderoso de comunicação, tendo “A Tarde” como o carro-chefe do jornalismo conectado com um radiojornalismo versátil, leve, desestressante, humorado, cultural.



Como ministro da Educação, de 31 de janeiro de 1951 a 24 de junho de 1953, Simões Filho, convidado pelo presidente eleito Getúlio Vargas, realizou, nesse pouco tempo, consideráveis avanços nesse setor fundamentalíssimo para a formação da cidadania. Não esqueceu sua terra natal, a histórica Cachoeira. Construiu nessa cidade o Ginásio Estadual de Cachoeira, centro educacional que durante muitos e longos anos honrou o ensino público da Bahia, o que mais esse Estado precisa no momento.



Pouco tempo depois de ter modernizado “A Tarde”, o seu fundador faleceu no Rio de Janeiro em 24 de novembro de 1957. Ernesto Simões Filho estava com 71 anos e seu corpo foi trasladado para Salvador, sepultado no Campo Santo.



Por tudo isso, por sua crescente e sintomática importância, o complexo de comunicação que tem no jornal “A Tarde” o seu principal e básico meio, associado com o radiojornalismo e, na seqüência, com possível canal de televisão, merece, substantivamente, um redator-chefe que seja, efetivamente, especializado em todos os meios de comunicação. É o que chamamos de jornalista multimídia, que saiba separar seus adversários e inimigos pessoais, daqueles que gostam, são fontes, cultivam e lêem o nonagenário jornal que se mudou da Castro Alves para o Caminho das Árvores.



Enfim, um jornalista antenado com os valores de uma imprensa livre, renovadora, real, revolucionária, construtiva, espacialmente educativa, onde não prevaleça o rancor e o antagonismo paupérrimo do comodismo que só faz fortalecer o status quo.



Vai, no entanto, um pedido de leitor, assinante, derradeiro suplente de deputado federal pelo PDT, estruturado no triângulo trabalhista-nacionalista-socialista dos grandes homens públicos Getúlio Vargas, João Goulart, Leonel de Moura Brizola, Darcy Ribeiro e Cristovam Buarque: se, os sucessores de Simões Filho, um dia, quiserem vender esse jornal que nasceu carrasco para o bem da democracia, da liberdade de expressão, da educação, da cultura, do necessário contraditório e da inteligência baiana, que não seja a grupo religioso. Nenhum deles.



Simões Filho, 12 vezes, 120 vezes, é sinônimo de Bahia. “A Tarde”, com erros e acertos, é o jornal de toda a Bahia.



Registra atos, fatos e fotos. Edita, elabora, narra, produz a história da Bahia, do Brasil e do mundo em suas páginas diariamente. Em 15 de outubro de 1912, portanto, há 94 anos rolados, o jornal começava a brilhar sob o sol do entardecer desta velha, querida e histórica Salvador, baía de todos os prantos, magias e encantos, no limiar dos seus 457 anos no próximo 29 de março.



Simões Filho, 12 vezes, 120 vezes, é sinônimo de Bahia. “O Carrasco” que se transformou no poderoso jornal “A Tarde” é um patrimônio cultural do nosso Estado, embora seja uma empresa particular. Se algum dia “A Tarde” for colocada no balcão dos negócios, que não seja vendida a grupo religioso. Nenhum deles.



* Wellington da Fonseca Ribeiro é jornalista, professor, bacharel em Direito e suplente remoto de deputado federal pelo PDT/2006. É Campoalegrense-Remansense (BA).






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