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sexta-feira, 23 de julho de 2010

AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO - Curso Básico de Espiritismo

O maior mandamento
" E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como a lês tu?
E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu conhecimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.
E disse-le: Respondeste bem; faze isso, e viverás". (Lucas, 10 vs 25/28)
Doutor da lei: homem muito conhecedor da lei de Moisés, dos ensinos dos profetas e demais escrituras sagradas para os israelitas.
Vida eterna: vida do espírito (que não acaba como a do corpo), em plenitude e felicidade.
Como alcançar esse estado? Foi o que o doutor da lei perguntou a Jesus, usando uma expressão da época: "herdar a vida eterna". Mas não estava querendo orientação espiritual e, sim, "tentando" Jesus, ou seja, experimentando-o para ver se ele ensinava alguma coisa contrária à lei judaica.
Jesus não lhe ensinou nada de novo: Tirou a resposta do próprio doutor da lei, perguntando:
" o que está escrito na lei? Como a lês tu?". O doutor da lei citou as escrituas, que já mandavam: amar a Deus e ao próximo. Esse é o chamado maior mandamento, porque
engloba e resume todos os outros. Quem ama a Deus, respeita seu nome e o procura santificar em si mesmo (em tudo o que izer) e em tudo que Deus criou.
E quem ama ao próximo, honra pai e mãe, não rouva, não mata, não adultera, não levanta falso testemunho e nem cobiça coisa alguma de quem quer que seja.
Jesus aprovou a resposta; "Respondeste bem". E concluiu: "Faze isso e viverás". Mostrou, assim, que o doutor da lei tinha conhecimento, sabia o que fazer para viver bem e plenamente a vida espiritual, bastando apenas que agisse de acordo com o que já sabia, que ao conhecimento fizesse seguir a ação.
E nós, poderemos alegar que não sabemos esse mandamento maior? Acaso nunca ninguém nos esclareceu sobre as leis divinas e o Evangelho?
"Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus".
E quem é o meu próximo?
Em resposta, Jesus contou uma história:
A parábola do bom Samaritano
"Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais os despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.
E, ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o passou de largo.
E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o, passou de largo.
Mas, um samaritano que ia de viagem, chegou ao pé dele, e vendo-o moveu-se de íntima compaixão.
E, aproximando-se atou-lhe as feridas, deitando-lhe azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele.
E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que demais gastares eu te pagarei quando voltar". (Lucas, 10 vs. 29/37)
Sacerdote: era o encarregado do culto judeu no Templo de Jerusalém.
Levita: um auxiliar de serviços no Templo (os levitas também eram da tribo de Levi, como os sacerdotes, mas não pertencia a família de Aarão, como eles). Eram, pois, o sacerdote e o levita pessoas que conheciam as leis divinas e estavam no serviço da religião. Entretanto, não procederam fraternalmente para com o homem assaltado. Não cumpriram o amor a Deus e ao próximo.
Samaritano: da Samaria; os israelitas que habitavam essa região tinham deixado que seus costumes se mesclassem com os dos outros povos que moravam lá e eram gentios (= estrangeiros); por isso, passaram a ser considerados pelos judeus de Jerusalém como "gente de má vida", eram hostilizados por eles e não podiam participar dos cultos no Templo de Jerusalém. Ao colocar um samaritano agindo bem, de acordo com as leis divinas, apesar de serem os samaritanos considerados ignorantes da religião, Jesus combate o preconceito orgulhoso dos judeus contra os seus semelhantes menos esclarecidos..
Um homem: Do assaltado, Jesus não diz qual a sua raça, família, religião ou situação social, não lhe dá nenhuma característica em especial, só a de um ser humano em necessidade. É o que basta para merecer nossa atenção e ajuda.
Depois de contar a prábola, jesus indagou ao doutor da lei:
"Qual, pois destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?
E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele.
Disse, pois Jesus: Vai e faze da mesma maneira".
Conclusão:
Interpretando esta parábola, aprendemos com Jesus:
- amar a Deus e ao peóximo é o que devemos fazer para alcançar o progresso espiritual e a vida plena; é o mandamento maior;
- saber isso é importante mas não basta; não basta seguir uma doutrina religiosa, cumprir as obrigações de culto de sua igreja; é preciso concretizar seu conhecimento em boas obras em favor do próximo;
- ser nosso próximo não depende da outra pessoa; não decorre dele ser nosso parente, amigo, do mesmo grupo social, etc; depende de nós, de nossa capacidade de amar, de sermos capazes de vencer o egoismo, a inércia, os preconceitos e nos interessarmos pelas pessoas; aproximemo-nos dos nossos semelhantes para sermos fraternos com eles, fazendo-lhes o que quereríamos que nos fizessem. "E tudo quanto quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a ele". (Mt. 7 vs 12).
Quem ama a Deus, ama a criatura de Deus, que é o seu semelhante, e torna-se próximo dele, interessa-se pelo seu bem e o auxilia em tudo que lhe for possível.
"Quem diz que ama a Deus e não ama a seu irmão é um mentiroso; pos quem não ama ao seu irmão, ao quel vê como pode amar a Deus, a quem não vê?" (I Jo 4:20).

CLASSIFICAÇÃO DOS ESPÍRITOS E DOS MUNDO - Curso Básico de Espiritismo

Allan Karde fez uma classificação:
Dos espíritos, pelo grau de adiantamento deles, conforme as qualidades que já adquiriram e as imperfeições de que ainda terão de se despojarem;
dos mundos, segundo o grau de evolução dos seus habitantes.
Na Escala Espirita há e sempre haverá espíritos em diferente graus de evolução, porque é constante a individualização de espíritos que se faz a partir do princípio inteligente. Progridem uns mais e outros menos rapidamente, conforme se aplicam nas experiências e as aproveitam ou não. Allan Kardec identifica três categorias gerais de espíritos, classificando-os a partir dos menos evoluídos para os mais evoluídos.
3ª CATEGORIA: ESPÍRITOS IMPERFEITOS
Essa denominação não quer dizer que sejam defeituosos, mas sim, que ainda não se desenvolveram e classicamos neles:
- predominância da matéria sobre o espírito;
- propensão ao mal;
- ignorância, orgulho, egoísmo e todas as paixões que lhe são consequentes;
- pouco conhecimento das coisas espirituais.
Dividem-se em cinco classes:
10° Classe: Espíritos Impuros
- Inclinados ao mal, que praticam por prazer, por aversão ao bem.
9° Classe: Espíritos Levianos
- Maliciosos, zombeteiros, irrefletidos. Sentem prazer em enganar e causar pequenas
contrariedades de que se riem, de induzir maldosamente em, por meio de mistificações e de
espertezas.
8° Classe: Espíritos Pseud0-sábios
- Têm algum conhecimento, porém julgam saber mais do que realmente sabem. Neles, o
orgulho, a vaidade, a presunção, fazem-nos se julgarem superiores. No que dizem, há
mistura de algumas verdades com os erros mais crassos.
7° Classe: Espíritos Neutros
- Nem bastante maus para fazerem o mal nem bastante bons para fazerem o bem.
Pendem tanto para um como para outrp e não ultrapassam o comum da humanidade
quer no que concerne ao moral, quer no que toca à inteligência.
6° Classe: Espíritos Batedores e Pertubadores
- A rigor, não formam uma classe distinda pelas suas qualidades pessoais. Podem caber
em todas as classes da 3ª Categoria. Geralmente manifestam sua presença através de
efeitos físicos, como ruídos, deslocação de objetos, etc (Poltergeist).
2ª CATEGORIA: BONS ESPÍRITOS
Neles há:
- predominância dos espírito sobre a matéria;
- desejo do bem; são felizes pelo bem que fazem e pelo mal que impedem;
- compreensão de Deus e do infinito (ou seja, da vida espiritual e universal, embora varie
neles o grau dessa compreensão);
Não têm más paixões, mais ainda estão sujeiros a provas.
5ª Classe: Espíritos Benévolos
- sem terem ainda grande conhecimento, a bondade é sua qualidade principal.
4ª Classe: Espíritos Sábios (de Ciência)
- Destacam-se pelos seus grandes conhecimentos intelectuais.
3ª Classe: Espíritos de Sabedoria
- Aliam grandes qualidades morais a grande capacidade intelectual.
2ª Classe: Espíritos Superiores
- Reúnem em si a ciência, a sabedoria e a bondade. Quando encarnam em mundos como a
Terra, é por missão.
1ª CATEGORIA: ESPÍRITOS PURO
Classe Única
Neles, a matéria não exerce mais nenhuma influência. São praticamente puro espírito
( esse é o sentido e não de espíritos purificados). Há superioridade intelectual e moral
absoluta. Atingiram a perfeição ( no grau maior em que a podemos conceber, pois que a evoluição é incessante). Gozam de inalterável felicidade, porque não se acham submetidos às necessidades, nem às vicissitudes da vida material. Não ficam ociosos, nem contemplativos, Sendo espíritos altamente desenvolvidos, tornam-se os mensageiros, os ministro de Deus, executures de sua vontade.
ANJOS, DEMÔNIOS, DIVINDADES
Deus não criou espíritos em diferentes estados. Todos foram criados simples e ignorantes, com capacidade de progredirem até a perfeição. Mas ante a manifestação dos e´píritos revelando os mais diferentes graus de evolução, os homens acreditaram que eles tinham sido sempre assim, que eram uma criação à parte, diferentes da humanidade, ou divindades.
Os espíritos puros, que já percorreram toda a escala evolutiva, foram às vezes designados pelos nomes de anjos, arcanjos ou serafins.
Os bons espíritos têm sido chamadas de bons gênios, gênios protetores, espíritos do bem. Em época de ignorância, foram considerados divindades benfazajas.
Os espiritos muito imperfeitos (como os impuros da 10ª classe) foram chamados de demônios, maus gênios, espíritos do mal e até considerados como divindades maléficas. Entretanto, embora atualmente ainda estejam voltados para a prática do mal esses espíritos também evoluirão, passando pelos degraus da escala evolutiva, atingindo finalmente a perfeição.
Observação: Primitivamente, tanto a palavra anjo ( do latim, angelus =mensageiro) como as palavras gênio ou demônio (do grego, daimon) apenas significavam um ser espiritual (um espírito), o qual podia ser bom ou mau (ex: anjo bom, anjo mau; o daimon de Sócrates).
A Aantíssima Trindade pode ser entendida como uma figura representando a perfeita integração entre:
Deus - O criados, o Pai;
Jesus - Um puro espírito, no mais alto grau da escala evolutiva, mas filho de Deus, ou seja, criado por Êle, tanto quanto nós, seus irmãos menores;
Espírito Santo - O conjunto dos Espíritos Puros que agem no Universo como ministros de Deus, instrumentos de sua justiça e misericórdia, e também dos Bons Espíritos que também servem à Providência Divina, embora em menor grau.
Pluralidade dos mundos habitados
Incontáveis são os mundos que existem no Universo e muitos deles também são habitados, como a Terra, pois Deus não faz coisa alguma inútil. Jesus disse: "Há muitas moradas na casa de meu Pai". (Jo 14:2)
Não é sempre a mesma a constituição física dos diferentes mundos. Pr isso mesmo, também á diferente a organização dos seres que os habitam, apropriada ao ambiente que cada um dos mundo oferece. Na Terra, por exemplo, temos seres que vivem no ar, na água e no solo.
Classificação:
1) Primitivos - Onde os espíritos realizam suas primeiras encarnações.
2) De Expiações e Provas - Onde prodomina o mal, porque há muita ignorância; aí as pessoas sofrem as consequencias dos erros praticados (expiação) ou passam por experiencias, testes, testemunhos (provas). A Terra é um mundo assim.
3) De Regeneração - Neles não há mais a expiação, mas ainda há provas pelas quais o espírito tem de passar para consolidar as conquistas evolutivas que fez e desenvolver-se mais.
São mundos de transição entre os mundos de expiação e os que vêm a seguir.
4) Ditosos ou Felizes - Nestes mundos predomina o bem, porque seus moradores são espíritos mais evoluídos; há muito bem estar e progresso geral.
5) Divinos ou Celestes - Onde reina o bem sem qualquer mistura e a felicidade é absoluta, como obra sublime dos seus moradores: os puros espíritos.